Prefeita Aparecida Panisset (Foto: Alex Ramos) |
Numa entrevista exclusiva para o
jornal O São Gonçalo, publicada na última segunda-feira (25/06), a prefeita
Aparecida Panisset comentou sobre as empresas que estão se instalando no município.
OSG - A cidade deixou de ter um perfil de
cidade dormitório e passou a receber investimentos por causa do Comperj. Como o
município vem fazendo para atender a demanda gerada pela refinaria?
PANISSET - Muitos falam da refinaria, mas
nós conseguimos fazer algo que era prometido desde 1982, o Polo Industrial de
Guaxindiba. Hoje temos 14 grandes empresas que estão se instalando, gerando
emprego, renda e desenvolvimento para a população. Teremos o maior filial do
Supermercado Guanabara do Estado. Já fomos, no passado, a ‘Manchester
Fluminense’ e estamos retomando isso. Temos gonçalenses trabalhando em outros
locais do estado, que, anos atrás, por não terem vagas na cidade foram procurar
emprego fora de São Gonçalo. Agora nós temos e queremos que seja uma cultura do
gonçalense procurar emprego na cidade.
Deus queira que São Gonçalo tenha
muitos empregos no futuro para os gonçalenses. O desejo do Território Gonçalense e de todos os seus leitores é que São Gonçalo perca definitivamente o
atual título de a maior cidade-dormitório do país.
No momento, infelizmente, ainda ostentamos esse triste título, pois não qualquer evidência de
gonçalenses abandonando seus postos de trabalho no Rio ou em outras cidades, e
retornando para o município.
Quanto ao fato de a cidade voltar
a ser a “Manchester Fluminense”, sem dúvida alguma, esse é o sonho de todos nós! Iria ser a glória São Gonçalo
reviver o apogeu industrial das décadas de 50 e 60, mas é bom lembrar que o
país passa por um processo de desindustrialização.
A desindustrialização no Brasil - Leia AQUI.
E leia a entrevista completa da prefeita Aparecida Panisset,
clicando AQUI.
Wagner Rosa, parabéns pelo seu trabalho! Indiscutivelmente o Território Gonçalense é o melhor site de notícias da cidade. Obrigado por trazer à tona informações importantes. Forte abraço! Sucesso sempre!
ResponderExcluirSão Gonçalo não deve necessariamente seguir o mesmo rumo do país. Sinceramente não entendi o intuito dessa reportagem do TG. Ou será q entendi e devo me fazer de bobo?
ResponderExcluirOlá, Valmir! Parece que o leitor Amauri Ribeiro, que leu a matéria antes de você, entendeu.
ResponderExcluirO propósito é fazer os gonçalenses refletirem sobre todos os assuntos que dizem respeito a nossa cidade observando também o panorama econômico e político do país.
Eu é que não entendi a sua colocação: como assim São Gonçalo não deve seguir o mesmo rumo do país? Que eu saiba, São Gonçalo é um município brasileiro.
Abraço!
Prezado Amauri Ribeiro, obrigado pelo reconhecimento do trabalho do Território Gonçalense!
ResponderExcluirA proposta do blog é sempre lançar outros olhares sobre os assuntus discutidos no momento em nossa cidade.
Vivemos numa democracia. É importante que as pessoas tenham visões diferentes sobre um mesmo assunto e deixar também que elas tirem suas próprias conclusões.
Muito obrigado pelo seu elogio. O reconhecimento dos leitores me motiva cada vez mais a fazer um trabalho de qualidade para os gonçalenses.
Grande abraço!
Vagner Rosa
Prezado Amauri Ribeiro
ResponderExcluirOnde se lê "outros olhares sobre os assuntus", leia-se "outros olhares sobre os assuntos".
Desculpe-me, ao digitar com pressa não percebi o erro cometido.
Abraço!
Eu disse "São Gonçalo não deve necessariamente seguir o mesmo rumo do país". Ou seja, se o país parar de crescer economicamente, a nossa cidade não vai obrigatoriamente parar também.
ResponderExcluirNa Espanha, por exemplo, que vive uma das maiores crises de sua história, temos cidades como Barcelona e Valência que continuam a receber turistas e com a economia funcionando normalmente. Estive recentemente em Barcelona e pessoas do resto do país estão migrando pra lá pois a cidade não vive a mesma crise do país.
Logo, o fato do Brasil estar se desindustrializando, não se aplica aos 5500 municípios desse país.
Cada região tem uma realidade.
Enquanto na década de 90 a região metropolitana do Rio se degradava, a regiao do Norte Fluminense começava a viver novos momentos com a atividade petrolífera.
Afirmei não entender o título da reportagem justamente por estes motivos. Discordo da forma que foi colocado e o artigo sobre a desindustrialização é extremamente controverso.
Afirmar que um país esta se desindustrializando devido a diminuição da participação da Indústria no PIB é, no mínimo, simplório demais. Onde fica a importância do peso das 'commodities' num mundo cada vez mais carente de recursos naturais? E o setor de serviços, podem ser comparados atualmente com o que era oferecido na década de 50?
Enfim, fica exposta minha opinião de forma mais discursiva.
Espero ter sido mais claro desta vez.
Abraço,
Valmir Jr.
Prezado Valmir
ResponderExcluirSobre a Espanha, o seu exemplo foi na área do turismo. É bem diferente de abrir novas indústrias. A história, a arquitetura, a gastronomia, as atrações culturais e as belezas naturais já fazem parte do cenário de Barcelona e, independente, de crise ou não, a cidade receberia turistas do mesmo jeito. Barcelona é uma cidade cosmopolita.
A mesma coisa aconteceria com o Rio de Janeiro: se o Brasil passasse por uma grande crise econômica, a cidade também iria continuar a receber turistas do mundo todo.
Sobre a questão de São Gonçalo, com a construção do Comperj, na cidade vizinha (Itaboraí), com certeza o município poderá, sim, ser beneficiado com as instalações de algumas empresas.
Mas é incoerente dizer que voltaremos a ser a “Manchester Fluminense” de outrora. A desindustrialização é fato no país!
São Gonçalo mesmo é vítima da desindustrialização. Não me refiro as indústrias do passado que foram embora...
Falo de coisa de cinco ou sete anos atrás, quando a nossa cidade abrigava diversas fábricas de roupas, principalmente de jeans. Devido a forte concorrência dos produtos chineses, fecharam quase todas. Atualmente, devem restar pouquíssimas...
A Rua da Feira, por exemplo, peguei a sua época de ouro quando recebia sacoleiras do Brasil inteiro. Hoje, as sacoleiras desapareceram e as lojas existentes no local não têm mais produção própria. Elas revendem roupas compradas no Brás, em São Paulo.
O título da matéria foi só um toque para maneirar no ufanismo, pois o mar não está muito para peixe não: a crise é real.
Abraço!