quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ocupantes do terreno em Santa Luzia protestam em frente à Prefeitura e reivindicam construção de moradias populares no local invadido


Cerca de 500 famílias que estão vivendo no terreno que foi invadido na sexta-feira passada (31/10), em Santa Luzia, foram às ruas do Centro de São Gonçalo nesta quarta-feira (5) para protestar e exigir da Prefeitura uma solução habitacional para o local.

Alegando não ter mais condições de pagar aluguéis por causa dos altos preços e da especulação imobiliária provocada pelo Comperj, os manifestantes querem que o Poder Público construa casas populares naquele espaço que, segundo a vizinhança, está abandonado há mais de 30 anos. De acordo com a Prefeitura, o terreno pertence à empresa G Bastos Comércio e Indústria de Embalagens Plásticas LTDA, de propriedade de Walter Gonçalves Bastos. Após a invasão, o local foi batizado de Ocupação Zumbi dos Palmares.

Durante o protesto, a Prefeitura recebeu os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Tanto os representantes do movimento quanto os interlocutores do governo municipal acharam o encontro positivo e produtivo.

“A reunião foi muito boa, a prefeitura se mostrou aberta ao diálogo. A área continua com o imbróglio judicial, mas será formada uma comissão para solucionar o problema. Na próxima quarta-feira, voltaremos aqui para continuarmos esse diálogo e ter uma posição da prefeitura”, explicou o coordenador nacional do MTST, Guilherme Simões.

“Essa conversa que tivemos aqui foi um avanço. Essa é a primeira vez que um movimento como esse vem a São Gonçalo, mas estamos tentando buscar um caminho humanizado para conseguir soluções. Essa primeira reunião foi para estabelecer uma linha de diálogo. A partir de agora iremos decidir os próximos passos a serem dados”, declarou a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Cristina da Silva.

“Já sabemos que o terreno é de propriedade particular. Estamos fazendo um levantamento a partir de agora sobre o histórico para que possamos saber se ele pode ser desapropriado ou não”, completou a secretária de Habitação de São Gonçalo, Evangelina Andrade, que lembrou que existe uma demanda aprovada de 12 mil habitações pelo programa “Minha casa, minha vida”. A secretária também destacou que cerca de 1,2 mil casas já foram entregues pelo programa, mas declarou que o déficit habitacional na cidade é de 20 mil pessoas.

Abaixo, imagens do protesto:


Manifestantes rumo ao Centro de São Gonçalo - Foto: Mídia NINJA

Manifestantes rumo ao Centro de São Gonçalo - Foto: Mídia NINJA

Protesto teve início na Praça Zé Garoto - Foto: Mídia NINJA

Manifestantes caminhando em direção à Prefeitura - Foto: Mídia NINJA



Manifestantes da Ocupação Zumbi dos Palmares nas escadarias da Prefeitura de São Gonçalo - Foto: Mídia NINJA








 Fotos: Facebook - MTST

5 comentários:

  1. Pelo jeito vai nascer mais uma favela, logo em Sta Luzia que estava melhorando.

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    1. Todas Cidades Tem Seus Problemas Porque Logo Santa Luzia Não iria Ter?

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  2. Não acho legal este tipo movimento, simplesmente invadem a propriedade alheia não fazem a menor ideia de quem é e se é terra pública ou não, parece que estamos em outro século.
    Da onde são estas pessoas? São realmente todas de São Gonçalo? Creio que devem ser procurados outros caminhos não é legal invadir nada de ninguém, imagine se você é investidor compra uma terra e aguarda ela valorizar para revender e alguém a invade quem é que comete o crime??? Mas do que nunca precisamos educação, se todos tivéssemos o acesso de forma igualitária provavelmente não teríamos esse quadro em nosso município e em nossa nação, o ideal e que todos tenhamos acesso a educação, trabalho e cultura para podermos conquistar nossos bens e de nossas famílias.

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  3. Acabou de sair a noticia da reintegração de posse, que bom ja estava ficando preocupado.

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