PESQUISA IBOPE DIZ QUE 40% DOS BRASILEIROS TENDEM A VOTAR EM CANDIDATO DE OPOSIÇÃO AO PREFEITO DE SUA CIDADE. OU: QUEM PODERÁ DERROTAR MULIM NAS URNAS?

Faltam ainda nove meses para as eleições municipais acontecerem, mas o debate sobre as expectativas do pleito de 2016 já está chamando a atenção.

E para deixar os nossos leitores bem inteirados sobre o assunto, eu não poderia deixar de compartilhar aqui uma relevante pesquisa divulgada pelo Ibope, na última segunda-feira (04/01).

Segundo o Ibope, 40% dos brasileiros dizem que votariam em candidato de oposição ao prefeito de sua cidade, contra 22% que dizem que votariam no atual prefeito e 8% em alguém indicado por ele. O restante se divide entre não votar (16%) e não sabe ainda o que fará (15%).

De acordo com a pesquisa, os candidatos de oposição se destacam, sobretudo, no Norte/Centro-Oeste (46% contra 23% que votariam nos atuais prefeitos ou indicados) e no Sudeste (42% X 24%). Saiba mais dados da pesquisa aqui.

Pois bem. Diante desse retrato eleitoral do momento mostrado pelo Ibope e analisando o atual cenário político de São Gonçalo, a pergunta que não quer calar é: que candidato da oposição poderia derrotar o prefeito Neilton Mulim nas urnas?

Por enquanto, há ainda muita especulação sobre os candidatos que deverão concorrer à cadeira do prefeito, mas confira abaixo os prováveis nomes e outros que estão circulando por ai, de forma especulativa:

José Luiz Nanci (PPS)

Vereador por cinco mandatos, eleito deputado estadual em 2010 (34.318 votos) e reeleito em 2014 (36.356 votos), Nanci atualmente exerce o cargo de secretário Estadual de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida.

Ele já confirmou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Gonçalo e terá o apoio do PMDB.

Marlos Costa (PSB)

Eleito vereador em 2008 (3.600 votos) e reeleito em 2012 (4.456 votos), o ex-petista Marlos Costa, que concorreu a deputado federal em 2014, mas não conseguiu se eleger (obteve apenas 19.808 votos), também já confirmou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Gonçalo.

Professor Josemar Carvalho (PSOL)

Josemar – que concorreu a prefeito em 2008 (14.246 votos) e em 2012 (19.510 votos), a deputado federal em 2010 (6.125 votos) e a deputado estadual em 2014 (11.100 votos) – ainda não confirmou sua pré-candidatura, mas é praticamente certo que seu nome estará na disputa municipal.

Dejorge Patrício (PR)

Vereador de primeira viagem, Dejorge foi eleito em 2012 com 6.391 votos.

Em 2014, concorreu a deputado federal, mas não conseguiu se eleger. Obteve 30.533 votos.

O vereador tem declarado que concorrerá à Prefeitura, mas não confirmou ainda sua pré-candidatura.

Diego São Paio (PRP)

Vereador de primeira viagem, Diego foi eleito em 2012 com 3.349 votos.

Diego também tem declarado por ai que concorrerá à Prefeitura, mas, até o momento, não confirmou sua pré-candidatura.

Outros nomes têm circulado também por ai, como: Brizola Neto (PDT), Jorge Mariola (PDT), Adolfo Konder (PC DO B), Graça Matos (PMDB) e Aparecida Panisset (PDT) – caso seja absolvida pelo TSE.

Mas como disse, há muita especulação sobre os candidatos. Só mesmo a partir de abril é que o quadro eleitoral ficará definido.  E, então, vamos poder estudar melhor os candidatos de oposição ao prefeito.

Hoje, ouve-se muitas críticas em relação à administração do prefeito, todavia, é fato, também, que até aqui, os discursos oposicionistas não têm convencido. Há até quem diga que com esses nomes que estão sendo divulgados, Mulim seria facilmente reeleito no primeiro turno.

Mas não é bom cantar vitória antes do tempo, não. Os tempos são outros. Os eleitores estão cada vez mais exigentes e temos o próprio caso do Mulim como exemplo: quem poderia imaginar que ele fosse derrotar o candidato da Panisset em 2012, apoiado por três máquinas (municipal, estadual e federal) e por nomes estrelados da política?

Penso que esta eleição será muito difícil. Tanto os candidatos de oposição quanto o prefeito Neilton Mulim terão de ter um discurso crível e coerente para conquistar a credibilidade e os votos dos eleitores gonçalenses.

Aguardemos, pois, a campanha eleitoral oficial para analisarmos com atenção o potencial político de cada candidato.