Do caderno "Mais São Gonçalo" (Extra):
A quadrilha que desviava dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) em São Gonçalo recebeu
mais um golpe, desta vez do Ministério Público estadual. Trinta integrantes do
grupo tiveram seus bens bloqueados no mesmo valor da fraude: R$ 35 milhões. São
réus na ação o ex-presidente da Câmara municipal Eduardo Gordo, o deputado
estadual Rafael do Gordo e sua mãe Ana Maria Viegas, os ex-secretários
municipais Alberto Carlos Porto Diaz André, Paulo César de Castro, Einars Wilis
Sturms e Marcio Panisset, além de servidores públicos e donos de clínicas e
laboratórios conveniados ao SUS.
A mesma quadrilha já era investigada pelo Ministério Público Federal e
pela Polícia Federal, que prendeu o então vereador Amarildo Aguiar, em
julho do ano passado. As clínicas Veja Bem, Porto da Pedra e Barro Vermelho e o
Laboratório de Análises Clínicas Nívio Martini, fechados, faziam parte do
esquema, segundo as investigações.
— Vamos trocar informações com o MPF e com a Polícia Federal. É um único
grupo, mas nós chegamos a algumas pessoas que eles não chegaram, assim como no
processo deles constam pessoas que não localizamos. Vamos fechar o cerco a essa
quadrilha — garante a promotora Karine Gomes de Cuesta, do grupo de ação de Tutela
Coletiva de São Gonçalo.
O grupo usava exames e pacientes “fantasmas” em clínicas e laboratórios
conveniados. As consultas, nunca realizadas, viravam guias de pagamento do SUS.
As transações ocorreram entre 2005 e 2010. Segundo a investigação, Eduardo
Gordo tinha papel semelhante ao de Amarildo, pressionando a Secretaria
municipal de Saúde até com ameaças para que aprovasse pagamentos fraudulentos.
Eduardo também tem patrimônio incompatível com a sua renda, mas o ex-vereador
diz que “consquistou com trabalho”:
— A verdade é que querem me prejudicar politicamente. Sempre trabalhei.
Atualmente sou funcionário com minha esposa na Assembleia Legislativa — disse
Eduardo, que é pai de Rafael: — Já me acusaram de ser traficante, miliciano,
mas é tudo maldade. O que tenho está declarado e minha família vai provar a
inocência.
O MP rastreou o dinheiro pago nos exames fraudados. Os réus faziam diversas transferências bancárias entre si. No caso de Eduardo, sua mulher recebeu dinheiro e bens, fazendo papel similar ao de laranja. Ele também simulou, de acordo com a investigação, a compra e venda de imóveis com outros beneficiários do esquema. O dinheiro também teria sido usado na sua campanha e na de seu filho.
O “Mais São Gonçalo” também procurou os ex-secretários Einars, Márcio
Panisset e Alberto Carlos, mas nenhum deles atendeu os telefonemas. A
reportagem não conseguiu localizar Paulo César de Castro nem os donos das
clínicas.
— Os secretários foram coniventes com o esquema porque não o denunciaram.
Temos denúncia de outros secretários, mas não desses. O papel deles era zelar
pelo uso do dinheiro público, mas nem denúncias ao MP recebemos deles —
finaliza Karine.
Quando se usurpa da saúde, condenam-se os usuários do sistema à pena capital, portanto, a nos detentores da arma mais poderosa contra corruptos, que é o voto, cabe sentenciar os saqueadores do SUS, não só aos que cometeram peculato, que é a apropriação ou desvio de valores da administração pública praticado por servidor público, mas também para quem prevaricou, que consiste em retardar ou deixar de praticar ato de ofício, omitindo-se de suas obrigações, quem roubou e que deixou roubar merecem a mesma pena dos usuários.
ResponderExcluircadeia nesses pilantras.
ResponderExcluirAi hj no dia da eleiçao issu tudo nao valeu de nada e ele foi eleito hahaha povo brasileiro e uma piada msm
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