sábado, 16 de abril de 2016

“CHOREI QUANDO VI QUE NÃO PODERIA VOTAR PELO IMPEACHMENT DE DILMA”, DIZ CLARISSA GAROTINHO, A DEPUTADA FEDERAL MAIS VOTADA EM SÃO GONÇALO


Muito criticada nas redes sociais por que decidiu em cima da hora não comparecer na votação do impeachment de Dilma no próximo domingo (17/04), a deputada federal mais votada (23.737 votos) em São Gonçalo, Clarissa Garotinho (PR), disse estar muito chateada com insinuações de que pediu licença médica para não votar no processo de afastamento da presidente.

Grávida de 35 semanas, Clarissa diz que está apenas obedecendo a recomendação de seu médico e que está muito triste por não poder participar da votação.

“Eu chorei quando eu vi que não poderia votar pelo impeachment de Dilma. Estou grávida. Não posso por meu filho em risco”, afirmou a deputada.

Só que nos bastidores, o papo que tem rolado é outro. Dizem que ela tomou a decisão de se ausentar após o pai, Anthony Garotinho, ter conversado com o governo, no início da semana. Vale lembrar que o PR, partido dos dois, é da base aliada de Dilma.

Em seu blog, Garotinho nega veementemente que tenha negociado com o governo a ausência de sua filha na votação do impeachment.

“Pessoas inescrupulosas e sem nenhum compromisso com a verdade tentam espalhar mentiras contra minha filha Clarissa Garotinho e também envolvendo o meu nome.

Querer associar a licença-maternidade da deputada Clarissa Garotinho a qualquer benefício ao município de Campos ou outras cidades produtoras de petróleo consiste em desonestidade intelectual. 

Engraçado que as pessoas só querem contar um lado da história. Afirmam que eu estive no Palácio do Planalto com o ministro Ricardo Berzoini. Por que não dizem que estive também no Palácio do Jaburu conversando com Michel Temer. Minha posição política sobre o impeachment é clara, e há muito tempo publicada neste blog: sou a favor de eleições gerais porque acho que tanto o PT quanto o PMDB são sócios da situação trágica a que o Brasil chegou, e não acredito, com toda a honestidade, que tendo Eduardo Cunha como vice-presidente do Brasil vamos livrar o país da corrupção. Alguém acredita nisso? Somente o povo detentor da soberania pode legitimar um próximo presidente. É isso que venho defendendo aqui no blog.

Entendo que no calor das emoções as pessoas estejam movidas por sentimentos extremos, mas isso não dá o direito a ninguém de mentir diante de fatos de que são públicos e incontestáveis.”, declarou Garotinho. Leia mais aqui.

Entendo que a deputada Clarissa deva ter cuidados devido à fase final de sua gravidez, mas que pegou mal essa licença médica às vésperas do dia da votação do impeachment, ah, isso pegou! E mesmo que Garotinho negue qualquer negociação com o governo sobre a ausência de sua filha, as suspeitas vão continuar existindo, pois os fatos coincidem.

Os políticos deveriam ficar mais atentos com os sinais que transmitem. Vale destacar que estamos vivendo novos tempos. As pessoas estão prestando mais atenção na política.



Fotos: Divulgação

Um comentário:

  1. Como se gravides fosse doença, à Deputada Mara Grabrilli é tetraplégica e vai votar a favor do impeachment, claro que teve acordo.

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