Após concorrer por três vezes ao cargo de prefeito de São Gonçalo nas eleições de 2008, 2012 e 2016, o Professor Josemar Carvalho decidiu disputar uma vaga na Câmara dos Vereadores, nas eleições deste ano.
Em comunicado publicado em sua página no Facebook, Josemar conta que a falta de unidade da esquerda na cidade o levou a tomar essa decisão:
"Aqui em São Gonçalo, O PSOL São Gonçalo, em agosto do ano passado, apresentou a Nota política “Unir para Avançar” onde fez um chamado a unidade da esquerda contra o bolsonarismo, seja nas ruas, nos movimentos sociais, nas redes sociais e também nas eleições. Infelizmente, só o PSOL e o PCdoB, se colocaram de maneira honesta e aberta para construção de uma perspectiva unificada. Compreendemos que unificados poderíamos chegar ao segundo turno e encarar os candidatos da velha política na cidade. Pensamos grande! Lamento que tenha tido partido de esquerda, que procurou apoiador de Bolsonaro para ser candidato a Prefeito, impedindo assim a unidade. Terão que responder aos eleitores críticos esse grave desvio político-ideológico, e responderão junto à população como “sócios-menor” do desastroso governo municipal que em breve se encerra. O PSOL esteve na linha de frente do combate ao Bolsonarismo em São Gonçalo. Ficamos triste com a divisão da esquerda para o pleito a se realizar em novembro", declarou o psolista.
Mas terá sido só a desunião da esquerda gonçalense que o levou a desistir de sentar na cadeira de prefeito?
A meu ver, o fato de a grande maioria da população de São Gonçalo ser conservadora, também deve ter pesado em sua decisão. Dificilmente, os eleitores gonçalenses votariam em um candidato do PSOL para a Prefeitura.
Já para o Legislativo, Josemar tem mais chances de se eleger vereador, pois é uma eleição segmentada. Seu eleitorado é basicamente formado por pessoas ligadas à área de educação e de simpatizantes das bandeiras defendidas pelo PSOL.
Na Câmara, Josemar promete ser uma voz crítica e fortalecer o PSOL em São Gonçalo:
"A construção de uma bancada do PSOL neste cenário político é fundamental. Hoje a Câmara de Vereadores é um espaço “oco” com pouco debate qualificado", destaca o professor.
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