sexta-feira, 2 de março de 2012

O pacífico protesto contra o aumento abusivo das Barcas

Foto: Aline Alcântara

O aumento de R$ 2,50 para R$ 4,50 (um reajuste de 60,71%) foi o motivo do protesto que reuniu cerca de 500 manifestantes ontem (01/03), em frente a estação das Barcas, na Praça Arariboia, em Niterói.

Contrariando as expectativas daqueles que esperavam um ato marcado por violência e vandalismo, a manifestação foi super pacífica. Além de cartazes, megafones, apitos, panelas e carro de som, alguns manifestantes encenaram um esquete teatral. Vestidos de palhaços e com flores nas mãos apresentaram o descontentamento com o novo valor da tarifa.

Partidos políticos (como: PSOL, PSTU, PCB, PCR, PCdoB e PT) e diversas entidades estudantis, sindicais e de movimento comunitário e social, se uniram para fortalecer o movimento.

O presidente do PSOL de São Gonçalo, Josemar Carvalho, denunciou a abusividade do aumento, a privatização e reivindicou a necessidade de expansão do serviço de Barcas para São Gonçalo e para Magé:

– O número de habitantes em São Gonçalo, Niterói e Itaboraí aumentou significativamente, e os investimentos da Barcas S/A não acompanharam a perspectiva demográfica. É preciso assim construir novos terminais em Magé e São Gonçalo; e melhorar os existentes. Coisa que a Barcas S/A não faz! – protestou o professor gonçalense.

Outro professor que abriu o verbo foi Henrique Monerat , assim como o PSOL, ele foi arrolado num processo cuja multa é um pagamento de R$ 5 milhões pela participação no ato.

– Eu quero apenas o meu direito constitucional de se manifestar, sou professor de história do Estado. Ganho uma quantia aproximada de R$ 700,00 e levaria mais de 500 anos para pagar esta divida. Ilegal é este aumento e não meu direito de questionar o que está errado – declarou emocionado.

O aumento que passaria a valer ontem, foi adiado para o próximo sábado. Segundo nota da Secretaria Estadual de Transportes na noite de quarta-feira, a mudança aconteceu para que fosse estendido o período para que os usuários pudessem fazer o Bilhete Único intermunicipal, que vai dar descontos na tarifa.

Entretanto, a nova tarifa será estudada pelo Ministério Público. Se comprovada a abusividade no preço do serviço, o valor de R$ 4,50 será reduzido, mas um estudo encomendado pela Agetransp, mostra que o bilhete deveria ser R$ 3,18 e não R$ 4,50 (Veja AQUI).

Foto: Adriana Rabera
Professor Josemar Carvalho representando o PSOL de São Gonçalo
(Foto: Adriana Rabera)

Foto: Adriana Rabera
Foto: Adriana Rabera

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