Apesar do número pequeno de
pessoas (115) que participou da enquete do Blog Território Gonçalense
(encerrada na sexta-feira passada) representar apenas uma gotinha do oceano de
gente que forma a população de São Gonçalo (1.008.064 habitantes), é importante
ressaltar que a opinião dessa gotinha não difere do que pensa a maioria dos gonçalenses sobre a
credibilidade das instituições de nossa cidade. Se nós sairmos por ai consultando nossos familiares, amigos e vizinhos vamos constatar que o
resultado poderá ser próximo ou igual a dessa enquete.
Vale destacar aqui uma informação extra sobre essa sondagem do TG: tomamos conhecimento que um
número significativo de pessoas se recusou a votar por não confiar em nenhuma das instituições citadas.
Confira, abaixo, o resultado final da enquete em percentual:
Confira, abaixo, o resultado final da enquete em percentual:
Corpo de Bombeiros: 39%
Igreja Evangélica: 16%
Igreja Católica: 15%
Correios: 9%
OAB: 9%
Empresas: 5%
Polícia: 1%
Câmara dos Vereadores: 0%
Prefeitura: 0%
Imprensa: 0%
O fato de o Corpo de Bombeiros
(39%) ter sido votado como a instituição mais confiável em São Gonçalo está de
acordo com o que os brasileiros, de uma forma geral, pensam sobre essa corporação
militar. Nas enquetes desse tipo realizadas pelos conceituados intitutos de pesquisas (IBGE, IBOPE e DATAFOLHA), essa instituição sempre se destaca.
Já o quase empate entre a Igreja
Evangélica (16%) e Igreja Católica (15%), se deve ao grande número de gonçalenses
que professa a fé cristã. É comum os membros dessas duas denominações depositarem confiança total na igreja por identificarem essa instituição como sendo a "casa de
Deus" aqui na terra.
Quanto ao empate entre os
Correios (9%) e a OAB (9%), há particularidades a observar. Os correios de fato
sempre foram bem avaliados pela população brasileira. Diversas vezes figuraram em primeiro
lugar nas pesquisas sobre a credibilidade das instituições brasileiras.
Porém, em São Gonçalo, nos
últimos tempos, os serviços dos Correios têm deixado a desejar. A paralisação promovida há alguns dias pelos pelos funcionários dessa
instituição confirma esse fato (ver matéria sobre o assunto AQUI).
Em relação à OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil), essa instituição ainda é desconhecida da grande massa
gonçalense, no entanto, foi citada na enquete devido a sua participação em recentes
eventos de interesses da população, como: preservação da Praça Carlos Gianelli, em Alcântara, organização do debate com os candidatos a prefeito deSão Gonçalo, nas últimas eleições e, agora, pelo engajamento a favor do início imediato da obra da Linha 3 do Metrô.
Sobre a confiança de 5% dos
gonçalenses nas empresas da cidade, o resultado demonstra que elas precisam investir mais na qualidade de seus serviços e atendimento.
Já a crise de confiança
na Polícia (1%), é possível que esteja relacionada a sensação do aumento da
violência em São Gonçalo
e a falta de policiamento. As informações sobre os policiais gonçalenses
veiculadas na mídia, na época do assassinato da juíza Patrícia Acioli, podem ter
influenciado também negativamente a credibilidade dessa instituição na cidade (ver a
última matéria sobre o assunto AQUI).
A falta total de credibilidade nas instituições políticas e na imprensa
O péssimo resultado da Câmara dos
Vereadores (0%), Prefeitura (0%) e Imprensa (0%) já era praticamente esperado. Vejamos porquê:
Câmara Municipal: como o povo
pode confiar na Câmara se ninguém sabe o que se passa por lá? A Casa
Legislativa gonçalense deveria prezar pela transparência. É uma vergonha, em
pleno século 21, a Câmara da segunda maior cidade do Estado não ter sequer um
site para deixar a população informada sobre o trabalho dos parlamentares.
Prefeitura: não é de hoje que a
Prefeitura de São Gonçalo vive uma crise de credibilidade perante a sociedade gonçalense. Agora, então, depois que vieram à tona os escândalos e erros do
Governo Panisset, a imagem dessa instituição política ficou ainda mais desacreditada.
Imprensa: a imprensa escrita de
São Gonçalo não goza de credibilidade porque os jornais da cidade sempre foram
vistos como aliados do poder político. Em vez de denunciar os erros, sempre os
acobertam.
O principal jornal da cidade, por
exemplo, omitia os escândalos e descasos da administração Panisset, como: as
mortes dos 10 bebês no Hospital da Mulher Gonçalense, as manifestações dos
servidores municipais, as imposições religiosas, entre outros fatos
negativos relacionados ao governo passado e a política gonçalense como um todo.
Quanto aos outros veículos de
comunicação, o município conta apenas com uma rádio comunitária oficial
(abrangência limitada) e diversas emissoras piratas (de programação religiosa).
Já emissoras de TV, não há nenhuma.
Analisando os dois aspectos
acima, é possível compreender o porquê de a imprensa gonçalense não gozar de
credibilidade alguma.
Apesar de representar a opinião de
apenas uma gotinha do oceano de gente que forma a população de São Gonçalo,
essa enquete serve como indicador de que a realidade gonçalense
precisa imediatamente passar por uma grande transformação e reposicionamento em diversos setores da sociedade.
Já passou da hora de a nossa cidade mudar a sua mentalidade.
Já passou da hora de a nossa cidade mudar a sua mentalidade.
WAGNER PARABÉNS POR LEVANTAR QUESTÕES QUE A GENTE NÃO VÊ NINGUÉM FAZER AQUI EM SÃO GONÇALO. O SEU BLOG TEM LANÇADO LUZ SOBRE TEMAS IMPORTANTES EM NOSSA CIDADE. CONTINUE ASSIM.
ResponderExcluirEu mesmo sou um que não se sentiu motivado a votar nesta enquete. A cada dia que passa eu estou perdendo a confiança em tudo do Brasil, é muita picaretagem, que dirá em São Gonçalo.
ResponderExcluirPrezado Sérgio Marins, obrigado pelo reconhecimento do trabalho do Território Gonçalense.
ResponderExcluirPode ficar tranquilo que o blog continuará com o seu enfoque diferenciado de sempre, e levantando questões importantes sobre a sociedade gonçalense.
Obrigado pela sua participação!
Grande abraço!
Vagner Rosa
Não entendi os correios terem sido bem avaliados. Pelo menos onde eu moro estão atrasando a tempos a entrega das correspondências isso quando não entregam no endereço errado.
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