quarta-feira, 24 de abril de 2013

FALTA DE INVESTIMENTOS DO COMPERJ FRUSTRA A REGIÃO DO CONLESTE

Obra Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

Por enquanto, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, tem gerado mais frustrações que sensação de otimismo. 

Além do adiamento da inauguração – prevista para este ano e agora adiada para 2016, o que vem prejudicando as empresas que apostaram no projeto e investiram, o que tem desapontado também os 15 prefeitos do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região Leste Fluminense (Conleste) é a falta de investimentos da Petrobras na região, principalmente nos municípios de Niterói, São Gonçalo, e Maricá que, juntamente com Itaboraí, serão os que sofrerão o maior impacto com a construção do Comperj.

Vale destacar que desde o início das obras, Itaboraí registra uma população flutuante de cerca de 50 mil pessoas.

– Junto com o Comperj estão chegando problemas graves de mobilidade urbana, saúde pública, habitação e educação. Temos um déficit de quatro mil vagas na rede de ensino somente em Itaboraí. A Petrobras até hoje não fez nenhum investimento na região, só apresentou promessas. Desde janeiro tentamos, em vão, uma audiência com a presidente da empresa, Graça Foster – lamenta o novo presidente do Conleste, o prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo.

Na sexta-feira passada (19/04), Cardozo assinou convênio com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap), para elaborar o Plano Diretor de estruturação Territorial do Leste Fluminense (PET). A reunião também serviu para cobrar contrapartidas da Petrobras para amenizar os impactos da construção do Comperj.

Um novo encontro com os 15 prefeitos que integram o Conleste e o secretário de estado de estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Felipe Peixoto, foi marcado para maio, para ouvir da Petrobras as providências que serão tomadas para solucionar os problemas da região.

É preciso pegar mesmo no pé da Petrobras para que invista logo na região, pois quanto mais cedo evitarmos os potenciais problemas futuros, melhor será para todos nós. 


8 comentários:

  1. Temo muito pela favelização e não vejo nenhuma preocupação por parte da prefeitura em controlar áreas que correm risco de se tornarem favelas ou mesmo evitar a expansão das já existentes. Investir no MCMV é importante, mas as encostas continuam sendo ocupadas, de qualquer forma. Isso não depende da Petrobras para ser feito.

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  2. Eduardo, já não havia preocupação antes (vide Mutuaguaçu, Zumbi, Guaxindiba, Luiz Caçador) imagina controlar o fluxo com toda essa propaganda política feita com o Comperj. A PB é uma empresa política. Talvez no próximo ano se fale/faça um pouco mais pelo polo petroquímico já que teremos eleições...

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  3. Marcelo Benício Santos25 de abril de 2013 às 14:08

    Para quem não sabe ainda, o comperj será agora apenas uma refinaria da petrobras. O projeto original compreendia industrias petroquímicas de primeira e segunda geração e empresas de transformação de plásticos. Realmente é uma frustração mesmo para quem esperava um grande empreendimento na região e no estado. A verdade pessoal é que o governo petista está acabando com a petrobras. Essa é a verdade!

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  4. Eu não acredito que o COMPERJ seja inaugurado em 2016, para mim será só em 2020. Não se esqueçam que ainda tem as eleições de 2016 e 2018 para usarem o COMPERJ como discurso eleitoral de progresso para a região. E dá-lhe engodo.

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  5. Udson de Almeida Pereira25 de abril de 2013 às 22:28

    E a linha 3 do metrô sai ou não sai? Não é uma obra que vem também a reboque do comperj?

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  6. Eduardo. Algumas partes do 2 distrito como Sta Izabel. Itaintidiba, e adjacências ja sofre com esse tipo de ocupaçao irregular. Agora O leste fluminense Sofrerá bastante com a falta de investimentos se nada for feito. BRT,linha 3 do metrô,Barcas Rio-São Gonçalo ...
    Quando o COMPERJ entrar em funcionamento. Toda essa regiao vai parar.

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  7. Alô, alô, Gonçalenses! O PT de Lulla-lá e Dilminha e o PMDB de Cabral só tem garganta. Metrô, Estação das Barcas, desenvolvimento em São Gonçalo é discurso vazio. Só estão de olho nos votos que o Município pode dar a eles. A Educação do Estado está um lixo, o transporte é péssimo, a saúde é só penúria.O que nós queremos? As coisas básicas funcionando 100% ou obras fantasiosa para puro marketing eleitoreiro?

    Francisco - Nova Cidade

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  8. De todos os comentários postados até aqui, ninguém enfatizou o monopólio do Grupo Rio Ita em todo o município de Itaboraí, que ao meu ver, atrasa bastante o desenvolvimento do município e a população de lá e os órgãos (in)competentes não fazem nada para reverter isto.

    Nada contra a construção do COMPERJ, mas não adianta isso se apenas um grupo de empresas de ônibus manda e desmanda lá e quando o mesmo é inaugurado, este problema continuará.

    Ao meu ver, o tal projeto da linha 3 do metrô já se tornou lenda urbana, pois não vejo perspectiva nenhuma disso sair do papel e o "coronelismo" das empresas de ônibus da região não vão permitir. Lamentável.

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