3º Batalhão de Infantaria - Patrimônio Histórico que a PMSG quer destombar (Foto: Custódio Coimbra) |
A Prefeitura de São Gonçalo acaba de lançar o projeto São Gonçalo, eu amo, eu cuido para 99 diretores e diretoras de escolas municipais. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura em parceria com a Secretaria de Educação.
"O projeto consiste em levar
os alunos das escolas ao Centro Cultural Joaquim Lavoura, onde palestras vão
exaltar a história e os pontos turísticos do município. Depois disso, visitarão
diversos pontos históricos, turísticos e culturais da cidade, como a sede da
prefeitura e a Fazenda Colubandê, entre outros”, explica o secretário de
Turismo e Cultura de São Gonçalo, Michel Portugal.
O projeto será realizado
quinzenalmente e será divido em duas partes: História de São Gonçalo e palestra
turística. "Acreditamos ser muito importante valorizar a nossa história.
Levar isso para crianças e adolescentes é uma forma de fazer o gonçalense ter
orgulho da sua cidade. Desta forma, prevemos estender o projeto também aos
alunos da rede provada de ensino", diz o subsecretário de Turismo, Max
Domingues.
O Território Gonçalense parabeniza
essa excelente iniciativa promovida pela Prefeitura. É um trabalho que merece o
nosso elogio, pois vai levar o conhecimento da história de São Gonçalo para os
nossos alunos com o intuito de promover o orgulho gonçalense.
Porém, diante da discussão que está
havendo na cidade sobre a construção de casas populares na área do 3º Batalhão
de Infantaria (BI), tombada em 2011, e reconhecida atualmente como Patrimônio
Histórico e Cultural do município, e na qual a Prefeitura encontra-se empenhadíssima em seu
destombamento; é fato que soa totalmente contraditório, neste momento, o conceito do projeto São Gonçalo,
eu amo, eu cuido. Criou-se um ruído na comunicação.
Como é que pode a Prefeitura querer
valorizar a história de São Gonçalo e promover o orgulho gonçalense, através
desse projeto para os alunos do município se, ao mesmo tempo, a própria apoia
veementemente o destombamento de um Patrimônio Histórico?
É muita contradição. O tiro poderá
sair pela culatra: em vez de promover o orgulho gonçalense, os alunos, quando
souberem do acontecido, é bem possível que eles criem é aversão por São Gonçalo, pelo
fato de o município não ter zelado por um bem cultural e histórico importante.
E vejam só o nome do projeto: São
Gonçalo, eu amo, eu cuido.
Que amor é esse? Que cuidado é esse?
Se a própria Prefeitura apoia a destruição de um belíssimo patrimônio histórico da
cidade?
Volto a ressaltar que o conceito do
projeto (promover o orgulho gonçalense) é excelente e tem o apoio do
Território Gonçalense. O que está errado no momento é a Prefeitura apoiar um
crime contra a memória do município, o que acaba entrando em total contradição com a proposta do
projeto, que é valorizar a história de São Gonçalo.
Desculpe-me, mas esta incoerência de ideias é um tremendo mico cultural.
Desculpe-me, mas esta incoerência de ideias é um tremendo mico cultural.
Gente, a pergunta mais importante é São Gonçalo tem prefeito mesmo?
ResponderExcluirA história se repete:
ResponderExcluirSão Gonçalo perdendo parte de sua história por causa de Niterói, já não foi assim quando desapropriaram o terreno do Palacete para construir um cemitério para as vítimas do incêndio daquele grande circo, foi assim quando perdemos Itaipu na década de 40 e agora o 3ºBI.
Questionamento muito oportuno, Vagner. Muito bem levantado!
ResponderExcluirOBS.: Dom Thiago, Itaipu pertenceu à Niterói a maior parte dos anos, exceto nos poucos anos entre a emancipação de São Gonçalo até o novo desmembramento. Hoje em dia é fácil perceber que não fazia sentido Itaipu pertencer a SG. Concordo o resto do seu comentário.
O título do projeto soa um tanto quanto contraditório às ações que a prefeitura vem tomando. Está me parecendo aquele ditado: "Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço". Na teoria diz uma coisa e na prática, outra. Só gostaria de saber uma coisa: O que será que o prefeito ou a prefeitura levou ou levará do Governo do Estado para o prefeito (com o perdão do termo chulo) ter "aberto as pernas" para o GE? Fica a pergunta no ar.
ResponderExcluirÉ aquela velha história:Faça o que eu digo,mas não faça o que eu faço.
ResponderExcluirFinalmente Niteroi se redimiu da injustica cometida contra SG, na decada de 40, quando anexou Itaipu ao seu territorio.
ResponderExcluirEntregou, como forma de compensacao, o Morro do Bumba a SG.
E entregou com terra,moradores e tudo!
ResponderExcluirAs praças de esporte e cultura antigas praças do pac em Neves e Colubandê já venceram o prazo para o termino construçäo no entanto ainda nem começaram as obras. O terreno do Colubandê está servindo de estacionamento de caminhões que levam mercadoria para o Supermercado Guanabara. Absurdo o descaso.
ResponderExcluirHá pessoas que lutam apenas por patrimônios históricos, mas esquecem que o ser humano está em primeiro lugar, o que a dianta, ter patrimônios históricos preservados, se o pobre, esta sem moradia, eu penso, que antes de tudo, devemos realmente preservar o homem, ai sim devemos pensar em patrimônio......
ResponderExcluirA contrario sensu...
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